Revista Montanhas Nº 3 - Outubro 2014
ATENÇÃO: CASO TENHA A MÍNIMA SUSPEITA DE FRATURA CERVICAL, NÃO MOVER O FERIDO ATÉ QUE DISPONHA DE MEIOS ADEQUADOS. Buscar ajuda Quando temos pessoas disponíveis e a situação permitir, estas devem partir com equipamento suficiente para garantir a sua segurança e da vítima. Devem conhecer o terreno e as técnicas para transpô-lo. Deixar sinalizado caso seja necessário. Mais importante que a rapidez é chegar ao local de socorro com segurança, exatidão nas informações, e garantir que o socorro chegue ao local correto. Dados que devemos dispor para facilitar o trabalho de resgate: • Quem solicita o socorro? • O que ocorreu? Quantos feridos e gravidades das lesões? • Como, quando e aonde ocorreu o acidente? • Quantas pessoas estão no local aptas a prestar ajuda, e de que meios dispõem? • Condições de tempo? • Condições de acesso? Um acidente em uma área remota, com apenas duas pessoas, pode forçar a situação de ter que deixar o acidentado só para ir buscar ajuda. Não é uma decisão fácil, pois temos de avaliar nossa situação, nossa capacidade e ter em conta diversos fatores: • Gravidade das lesões? • Em quanto tempo podemos retornar com ajuda? • Quais as condições meteorológicas para as próximas horas? • Dispomos de equipamentos, capacidade técnica e física para resolvermos sozinhos? • Conhecemos o terreno? • Quais as possibilidades de sermos vistos ou escutados nas próximas horas? Caso a decisão seja de deixar o acidentado devemos tomar as seguintes precauções: • Devemos deixá-lo a salvo de perigos objetivos; • Bem ancorado, de maneira que não possa soltar-se em momento de crise; • Com os primeiros socorros possíveis e necessários realizados antes de partir; • Abrigado e visível, dentro das possibilidades; • Deixar ao seu alcance roupa e provisões disponíveis. Na impossibilidade de buscar ajuda, devemos colocar todos os esforços para sermos vistos ou ouvidos: • Apitos: • Sinais luminosos: “∙∙∙ --- ∙∙∙”, “∙∙∙ --- ∙∙∙” (SOS código Morse); • Ou seis sinais espaçados regularmente por um minuto: --- --- --- --- --- ---; • “SIM” com os dois braços levantados; • “NAO” com um braço levantado. ATUAÇÃO FRENTE A UM ACIDENTE: A lém de adotarmos as medidas de prevenção mencionadas, devemos estar preparados. Os conhecimentos de primeiros socorros, técnicas de meios de fortuna e de autorresgate devem fazer parte do cotidiano dos escaladores, principalmente aqueles que objetivam aventuras em áreas remotas, ou em locais de difícil acesso onde a ajuda externa além de demorar pode não existir. Princípios básicos frente a um acidente: • Proteger a si mesmo, o grupo e depois a vítima; • Procurar não piorar a situação; • Pedir ajuda se preciso; • Buscar ajuda se preciso; • Socorrer. REVISTA MONTANHAS | 73
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