Revista Montanhas Nº 3 - Outubro 2014

Costumo dizer que, quando vou para um dia ou para uma trip de escalada, a escalada propriamente dita é o que menos importa. Acho incrível estar com meus amigos, mais incrível ainda é fazer novos amigos, trocar informações, tirar sarro (brincadeiras), como é incrível curtir as parcerias. Acho incrível comer um sanduíche ou mesmo uma boa “boia”, regada de magnésio, beber água de tampinha em tampinha, poder tomar ummate pela manhã. Acho incrível somar experiências, contar aquele perrengue que passei, contar os trocados para fazer uma viagem. Acho incrível a sensação de estar á varias enfiadas do chão, mais incrível ainda é sentir medo de cair de um Boulder. Incrível é poder ver as estrelas de umbivak, não, mais incrível é ver o nascer do sol, ou será que o por do sol é mais incrível, acho que incrível mesmo é a água caindo sobre a barraca ou ver o sol secar as paredes depois de uma chuva, não sei? É incrível!!! Pode ser que incrível mesmo, é partir para a trip tão sonhada e esquecer a câmera fotográfica, acredito ser incrível guardar imagens na memória. Incrível é comprar uma sapata nova, mais incrível ainda é ter uma coceira incontrolável na perna achar que foi ortiga e depois de uma semana descobrir que era berne. Como é incrível abrir uma via, sacar uma peça e ficar em um nut psicológico, a isso certamente é incrível. Muito mais incrível é ter uma companheira que libera “alvará” ou vai com você para as suas escaladas. Que sentimento incrível é este de poder escalar. Incrível é... estar escalando!!! Incrível Alexandre Citon na 2ª enfiada Via Filo Del Caballito – Foto: Eduardo Schineider

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI2Mjg=