Revista Montanhas Nº 3 - Outubro 2014
Em prol da escalada união em prol da escalada realmente parece estar enraizada no Cipó, e mesmo o local sendo bastante procurado por turistas, um grupo de montanhistas locais e frequentadores assíduos perceberam que a visita de escaladores de fora era grande e que havia a possibilidade de também explorar de forma consciente o ainda recente no Brasil “Turismo da Escalada”. Um turismo totalmente voltado para praticantes do esporte, um nicho de mercado ainda pouco explorado comercialmente. Assim, aos poucos, foram surgindo alguns abrigos totalmentevoltadosparamontanhistas, e mesmo existindo várias opções de pousadas, criar ambientes com custo acessível e ao estilo dos praticantes aliando a facilidade de acesso e é claro inúmeras vias para se escalar é ter um novo olhar para a escalada, é vislumbrar a possibilidade de aliar a paixão pelo esporte, é poder viver onde se respira escalada e desse mesmo lugar poder prover o seu sustento. Não há nada de errado nisso, pelo contrário, quando feito de forma competente, organizada, zelando e respeitando a ética local e os locais de escalada e ainda incluir projetos sócio ambientais, é realmente um exemplo a ser seguido por outros locais de escalada. Hoje o Cipó conta com uma associação extremamente ativa a AESC – Associação de Escalada Serra do Cipó, que até na sua forma de atuar é diferente, pois não existe somente uma pessoa a frente da entidade, ela é gerida por várias pessoas, em forma de rodízio constante, que juntos realizam inúmeras ações. Wagner, um dos membros do conselho da AESC, diz: “A AESC foi criada com o objetivo de garantir a continuidade da escalada na Serra do Cipó e arredores. Nossos esforços estão voltados para a regulamentação da prática, garantia do acesso e crescimento sustentável da escalada na região! Entendemos que para isso aspectos sociais e econômicos da comunidade, são muito importantes no fortalecimento da Serra do Cipó como um todo. Por isso parte dos nossos esforços estão em áreas que não afetam a escalada diretamente. Podemos citar como exemplo, a Conquista de uma cadeira no conselho consultivo do Parque Nacional da Serra do Cipo e na APA morro da Pedreira, criação de uma brigada de incêndio dentro da AESC, trabalhos sociais com a comunidade, inserindo jovens na prática esportiva, participação de projetos que visam o desenvolvimento sustentável do local, em conjunto com representantes comunitários, políticos e empresariais. Devido a estas ações e a uma presença constante no dia a dia da comunidade, nossa associação hoje é referência na Região!” Na outra página a foto do portal de entrada do belíssimo Setor Zen. Nesta página o escalador Daiti Hamanaka na via Assombrolios Bicolhos 7a no setor G1 REVISTA MONTANHAS | 47
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