Revista Montanhas Nº 3 - Outubro 2014

Cont inuando pela rua de acesso (contornando o lado sul do Morro do Boi), continue pela calçada até chegar numa escada de pedra à direita que desce para a praia, e contorne o muro de pedra que tem no final. Atrás da última casa, já no costão do morro, existem alguns blocos com linhas bem interessantes, tendo como destaque os boulder’s “Jesus me abane v3”, “El niño – V6” e “Trivela – V7”. Também tombado pelo IPHAN em 1989, o Morro do Boi com seus 160m de altura e natureza exuberante, vem se tornando umsetor cada vezmais procurado por escaladores. Com linhas mais “democráticas” o local proporciona boulder’s para todos os gostos e níveis. Começou seu desenvolvimento a partir de 2004/2005 e após alguns anos, está recebendo novas linhas e alguns “upgrades” (SDS) em linhas já existentes. O acesso ao setor se dá logo no início da rua de acesso à Praia Bela (ver mapa). Do lado esquerdo há uma trilha não muito óbvia (logo depois dos prédios) que atravessa o Morro do Boi levando até o costão na beira do mar. Começa com uma boa subida e após alguns minutos caminhando encontra-se uma bifurcação, pegar à direita descendo até encontrar o costão. Dali pode-se visualizar do outro lado do canal, o setor Ilhazinha. Esse setor se subdivide em dois, para acessar o outro lado basta atravessar os blocos gigantes atrás dos boulders por uma sessão de cavernas ou tentar contornar pela beira do mar. Atualmente existem cerca de 30 linhas que variam do V0 ao V10, contando ainda com alguns possíveis projetos mais difíceis. Já possui alguns clássicos como; “Guiminho – V4/V5”, “Heaven and Hell – V8”, “Desvio Ativo – V7”, “Tsunami – V3”, “Arestinha – V5” e tantos outros. Boulder para todo tipo e estilo de escalador, desde aqueles que querem apenas curtir uma praia e de quebra brincar em algumas linhas, até para quem busca projetos bemdifíceis na casa dos dois dígitos, semperder a qualidade das escaladas. Assim é Caiobá, um lugar mágico para a prática do bouldering, com diversos estilos diferentes, entre tetos, negativos, placas verticais e aderências. Ainda não dispomos de um guia/croqui oficial do setor, mas estamos em processo de desenvolvimento do mesmo. Vale a pena contatar algum escalador da região que conheça os setores para mostrar as linhas e suas dificuldades. O acesso se dá pela rodovia BR-277 de quem vem da capital Curitiba em direção à Paranaguá (rodovia duplicada com pedágio). Na altura da localidade de Alexandra, pegar a rodovia PR 508 ( r o d o v i a sem acostamento) que fica à direita, seguindo as placas que levam à Matinhos e Guaratuba. Chegando em Matinhos, pegar a rodovia PR 412 e seguir até a altura da rua centro de Curitiba até Caiobá. Quem vem do sul (Florianópolis) pela BR 101, deve entrar no município de Garuva pela rodovia SC 412 (pista simples) até Guaratuba (38km), e lá pegar a balsa (ferry-boat) que atravessa o canal que separa os municípios de Guaratuba e Matinhos, depois é só seguir até a rua Presidente Kennedy (à direita da rodovia). Você também pode vir a Caiobá saindo de Curitiba, de ônibus. As saídas são da estação rodoferroviária e a empresa que faz o trajeto diariamente é a Viação Graciosa. E para finalizar, como em qualquer ambiente natural, alguns “modos de conduta” são muito importantes seguir: - Ao sair do local, recolha seu lixo (isso inclui pedaços de esparadrapo) e deixe-o da mesma forma como o encontrou (claro que se encontrar algum “lixo adicional”, não custa pegá-lo e fazer o devido descarte); - Procure não estragar a vegetação, caso seja necessário por motivos de segurança, realoque a planta em local apropriado para que a mesma continue a se desenvolver; - Não faça barulho demasiado, há fauna presente que habita o local desde muito mais tempo que nós escaladores; - Pratique hábitos saudáveis; - ESCOVE SEMPRE AS AGARRAS DEPOIS DE ESCALAR, se precisar marcar agarras de pé e/ou mão não se esqueça de apagar depois. O magnésio deixa as agarras “babadas” com a maresia, sendo difícil a limpeza depois de certo tempo; - Lembre-se que atitudes simples como essas, são fatores essenciais para a sustentabilidade dos picos, assim como para manter aberto o acesso aos setores de escalada em todo nosso país. Colaboradores: Israel Menegon( Leco) e CarlosMichel ( Carlera). Apoio: Alto estilo equipamentos eCavernaGinásiode escalada.

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