Revista Montanhas Nº 2 Janeiro de 2014

Preparação e transporte do cordelete da parada COMPARAÇÃO ENTRE AS MONTAGENS PARADA MONTADA COM FORMA DE POLVO (OU CRACA) Por sua vez, como a equalização é totalmente dispensável quando utiliza-se proteções fixas confiáveis, a parada sequencial convence pela facilidade da montagem, poupando tempo e material. Basta usar um cordelete de 4 ou 5m de comprimento (por exemplo, um cordelete de Kevlar ou Dyneema, de por exemplo, 5,5 ~ 6mm, ou um cordelete de poliamida de 8 ~ 10mm, ou até mesmo uma fita de 2,4m), já fechado, que assume a forma de um polvo(ou craca), tendo uma azelha simples como cabeça e vários tentáculos. Cada tentáculo é fixado em uma peça, usando Nó Fiel, podendo ser ajustado posteriormente. Uma quinta peça pode ser fixada diretamente na cabeça da craca. Uma dica: mosquetões key-lock facilitam colocar e retirar os nós! Vale lembrar que a colocação do freio faz grande diferença no tranco aplicado na parada. Usando ATC é necessário prestar muita atenção na costura de saída (costura direcio- nadora), porque ela recebe o maior impacto de todas as ancoragens e pode falhar. Não é preciso ressaltar que quando utilizar paradas com peças móveis não se deve utilizar freios automáticos (como o Grigri ou o Cinch), muito menos montar a parada usando sistemas “auto equalizáveis”. A pergunta principal em termos de equalização é: “Será que as montagens realmente equalizam as forças da forma que imaginamos?” Para respondê-la, a Associação Alemã de Alpinismo (DAV) resolveu medir várias configurações em ensaios dispendiosos em um muro de escalada, simulando nossa realidade. O resultado surpreendeu: há menos diferenças entre as montagens do que se imaginava. Tabela de comparação entre as diferentes formas de montar a parada equalizada: O segundo ensaio realizado pelo DAV mediu o tranco adicional quando uma ancoragem falha. Neste quesito, a equalização clássica saiu-se muito pior que as outras montagens, com 40% de carga adicional na peça que sobrou. Ou seja, paradas realizadas com proteções fixas duvidosas não devem ser montadas da forma tradicional, ou seja, paradas auto equalizáveis. REVISTA MONTANHAS | 77

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