Revista Montanhas Nº 2 Janeiro de 2014

“Costumo dizer que se no Rio de Janeiro fica o Pão de Açúcar, em Pancas fica a padaria! Porque a quan- tidade de Pão de Açúcares que tem por lá é impressionante. É o Yosemite brasileiro, sem as fendas….” Cita o escalador gaúcho que mora emVitória Naoki Arima em seu blog quando fala de Pancas. Naoki não deixa de ter razão, pois Pancas é realmente impressionante, promissor e pouco conhecido, ao menos até agora, e pelo que vimos lá, e as pesso- as que encontramos durante nossa visita, o número de apaixonados pelas montanhas tende só a aumentar mais. Para nós da Revista Montanhas ficou aquela vontade de voltar logo. É assim a cada matéria que fazemos nesse nosso lindo Brasil ainda com diversos lugares para serem explorados e escalados, sempre com muita ética e baixo impacto, mas Pancas realmente deixou saudades, tanto pelas suas centenas de montanhas, ou pedras como são chamadas por seus habitantes, como por seu povo simples e amigável. Não poderíamos deixar de relatar aqui o excelente trabalho que o montanhista Capixaba Oswaldo Baldin vem fazendo no local, além de abrir diversas vias, é ele que conversa com a comunidade, com os proprietários, com os órgãos públicos, faz palestras em escolas. Tudo isso já rende bons frutos com o surgimento de uma primeira leva de escaladores locais, um trabalho voluntário feito com seriedade e ética, merecedor de aplausos de toda a comunidade das montanhas. Agradecemos ao Fabinho, proprietário do Sítio Cantinho do Céu, amigo de todos e sempre prestativo, uma figura ímpar e única e sua mãe Dona Joana, que é praticamente uma mãe de todos que por lá passam, re- cebendo todos pela manhã com um carinhoso abraço e um ótimo café da manhã, e ao fim do dia, está pronta para oferecer água gelada aos sedentos que voltam das paredes para sentar-se a sua varanda e contar suas histórias, foi ela que nos fez sentirmos como se estivéssemos verdadeiramente em casa mesmo estando longe de nossos lares. Em uma época de um montanhismo aventurei- ro e heroico, no dia 16 de junho de 1959 cinco esca- ladores do CERJ (Centro Excursionista Rio de Ja- neiro): Giuseppe Pellegri- ni, Nélson Bravin Teixeira, Emil Mesquita, Carlos Russo e Rodolpho Kern, pisaram no cume da Pedra da Agulha pela primeira vez, depois de terem conquistado os 450 metros da Chaminé Brasília usando somente 26 grampos. Esta via foi considerada durante muitos anos como umas das mais difíceis do Brasil sendo a segunda maior chaminé das terras tupiniquim. Passando décadas teve poucas repetições, tamanha sua complexidade considerada até os dias de hoje. Recentemente a Agulha recebeu mais uma via, na face oposta da Chaminé Brasília. Uma escalada de 600 metros batizada de “Paredão Bernardo Colla- res”, conquistada por Gustavo Silvano (RJ) e Claudia Faria (SP). Uma via que consumiu cinco dias de as- censão da dupla, feita em uma linda aresta com a maior parte em escalada em livre de 4º à 7º grau, em agarras, fendas e chaminé, e pouco trecho em artificial. Chegaram ao cume à meia noite do dia 17 de julho de 2011, concluindo outra bela linha na Agulha. Fonte: Oswaldo Baldin Chaminé Brasília Betas - Caso for locar um veículo recomendamos a locadora LocaVix é a que tem os melhores preços que pesquisamos: www.locavix.com.br (27) 3345-4577 - Sítio Cantinho do Céu: Falar com Fabinho (27) 99620-9357 - facebook.com/sitiocantinhodoceu - Pousada Ninho da Águia: (27) 3726-1572 [email protected] - Hotel Acácia: (27) 3726-1209 - Croquis das vias: http://ace-es.blogspot.com . br/2012/08/croquis-pancas-es.html - Notícias e bastante informações sobre escalada em Pancas: www.oswaldobaldin.com.br Como Chegar De Carro saindo de Vitória, siga pela BR 101-Norte até João Neiva siga as indicações para Pancas ou Colatina, ao chegar ao viaduto de acesso a Colatina, entre sentido a cidade, saindo da BR 101 e entrando na Rodovia do Café, esse ponto requer atenção, pois não tem placas indicando Pancas. A partir dai é mais fácil, é só passar por Colatina e seguir aproximadamente mais 52km até chegar ao trevo de Ângelo Frechiani, ai tem uma placa indicando a entrada para Pancas e já se avista algumas belas montanhas, siga mais 23km para chegar no centro da cidade. De Ônibus: Existem linhas deVitória até Pancas 2 vezes ao dia pelas viações Pretti e Águia Branca ao custo aproximado de R$ 35,00 nos horários de 7:15 e 15:30. O telefone da agência de pas- sagens local é (27) 3726-1245. Para entrar em contato direto com a empresa Águia Branca, no disque passagem, ligue para 4004-1010 para confirmar valores e horários. Distâncias Vitória (ES): 189 km Rio de Janeiro (RJ): 750 km Curitiba (PR): 1.503 km São Paulo (SP): 1.094 km Florianópolis (SC): 1.791 km Porto Alegre (RS): 2.257 km Salvador (BA): 1.124 km Belo Horizonte (MG): 512 km Brasília (DF): 1.162 km

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