A Revista Montanhas é uma publicação da VBeal Editora e Comunicação Ltda Largo São Vicente de Paulo, 1150, Sala 203, CEP 85900-215 - Toledo - PR www.vbeal.com.br EDITOR Victor Beal Filho
[email protected] EQUIPE DE REDAÇÃO Fábiola Beal Daniel Real Amorim (Xambrê) Andréa Pesarine Amorim Cláudia Citon
[email protected] JORNALISTA RESPONSÁVEL Cinthia Hillmann - MTB 7975/PR
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[email protected] ASSINE OU COMPRE A REVISTA PELO NOSSO SITE WWW.MONTANHAS.NET IMPRESSÃO : Gráfica Positiva www.positiva.ind.br Quando iniciamos a Revista Montanhas sabíamos que teríamos uma longa trilha para percorrer, uma trilha realmente difícil até chegarmos à base da via e começar a escalada para levar um conteúdo interes- sante aos nossos leitores. Alémdisso, colocar emnossas páginas infor- mações relevantes e que abrangessem a maioria das modalidades do montanhismo e da escalada: uma trilha cansativa, cheia de intempé- ries, que vão desde conseguir praticantes dispostos a participar enviando suas matérias e fotos, como também a busca da nossa equipe emproduzir umbommaterial; uma fórmula que possua tudo isso de forma harmônica e de fácil leitura, até conseguir anunciantes para investir em um projeto tão audacioso, mas que com toda a certeza seria muito bem aceito pela comunidade das montanhas. Essas eram as únicas certezas que tínhamos no início desse caminho. Conseguimos. Chegamos à base dessa via, mas faltava mandar a primeira enfiada dessa via cheia de cordadas, ou seja, lançar a primeira edição da Revista Montanhas. Commuita coragem e vontade conseguimos, e sim, erramos ummonte para fazer essa primeira parte dessa longa via, mas era exatamente esse o desafio, conhecer a parede, o tipo de rocha que estávamos escalando, ver que a linha que visualizamos para conquistar essa parede, realmente se mostrou bem diferente do que imaginávamos, afinal de contas, estamos abrindo uma nova via, e fazer uma revista especializada em Montanhismo e Escalada no Brasil, mesmo depois de vários outros competentes escaladores tentarem abrir vias nessa mesma parede ou linha, nos lançarmos nessa empreitada que por muitos foi considerada uma loucura, talvez alguns ainda achem exatamente isso. Mas é isso que nos move, são esses desafios que encontramos no início, que nos colocam exatamente aqui, terminando a segunda cordada dessa via que estamos abrindo junto com todos vocês leitores. Fica fácil entender porque estou fazendo uma alusão a conquistar uma parede como fato de se fazer uma Revista, principalmente um veículo de informação voltado a um público específico e muito seleto. Sim, somos seletivos, quem pratica esse esporte escolhe claramente o outro lado, um lado bemdiferente do mundo atual emque vivemos, e somente isso, já nos torna umgrupo seleto. O legal de estarmos conquistando essa parede é que percebemos claramente o quanto te- mos que evoluir. A primeira edição da Revista, digo enfiada, foi difícil, as que temos pela frente tendema ser mais complicadas ainda. E para isso, nos equipamos melhor, treinamos mais, buscamos evoluir e nos aprimorar para poder fazer essa segunda cordada que hoje chega a suas mãos. Mudamos o papel da impressão, nessa alusão de compararmos o fato de fazermos uma revista de escalada coma conquista de uma grande e difícil via emuma parede, seria como testar novos equipamentos na conquista. Ampliamos o número de páginas, pois percebe- mos que precisávamos demais espaço na nossamochila, uma vez quemais pessoas vieram participar dessa escalada (alémde inúmeros Betas que recebemos de nossos leitores). Essa troca de informações e de dicas é natural entre os montanhistas, praticamente faz parte do ser de cada umque pratica esse esporte. Para retribuir, buscamos apoiar encontros e eventos de escalada que acontecem em todo o Brasil. Esse é um dos papéis que queremos desempenhar cada vez mais: fomentar o mon- tanhismo, desmistificar, ampliar e evoluir como um todo, por isso também aumentamos a tiragemda Revista e estabelecemos pontos de venda em lojas, academias e bancas. É o caminho, estamos na via... Inovamos e fomos corajosos em experimentar, levando nessa edição uma capa horizontal fugimos do comume do padrão visto namaioria das revistas. Alémdisso, o nosso fotógrafo Roniel Fonseca que está sempre atrás das lentes, foi pego de surpresa emumclique quando parou para apreciar as belezas de Pancas – ES quando fazíamos nossa matéria de capa. Na escalada é preciso ter, além de criatividade, coragem de experimentar rotas alternativas e diferentes, e ser parceiro para passar a ponta da corda e trocar os papéis de quem está à frente. A capa dessa edição com essas duas peculiaridades quer mostrar o verdadeiro espí- rito dos montanhistas. O montanhismo mostrou sua força em 2013. Praticamente todos os encontros de escalada conhecidos e tradicionais conseguiram aumentar o número de participantes e novos surgi- ram. Os festivais estão se proliferando, a quantidade e qualidade de nossos filmes só cresce, a troca de informação e técnicas é vista no número de conquistas e novos locais de escalada. Mas esse ano mostrou também que ainda sofremos com os velhos problemas de ética, e polêmicas a parte, a ética nomontanhismo deverá sempre reinar e prol de todos. Esse cres- cimento traz também problemas claros com essa nova safra de praticantes que nos obri- gará a estarmos mais próximos das entidades, das quais, precisamos e devemos participar mais, debater sim, mas o mais importante será agirmos. Mostrou também que algumas áreas da escalada precisam ter uma representatividade própria, como a escalada esportiva, que deve achar a sua trilha e somar às outras entidades e agremiações, repensar os cami- nhos a serem seguidos e contar com o apoio e ajuda de todos. A meu ver, o Montanhismo e a Escalada entram em 2014 com um novo foco, o que já aconteceu com esportes como o Surfe e o Skate, por exemplo, que passaram por uma total reestruturação, proveram mudanças, saíram de esportes rotulados para serem aceitos e devidamente reconhecidos com a sua devida importância. E mesmo que você não concorde, repensar esses rumos é fazer com que mais empresas surjam e que invistammais; é abrir as portas para a grande mídia. Mídia essa que trará sim novos problemas com iniciantes sem o conhecimento técnico devido que o esporte requer, o que é exatamente onde as entidades precisame devemestar pautadas para introduzirem esses novos praticantes com ummínimo de conhecimento técnico e prático, fator esse que essa mesma mídia que pode ser maléfica, se bem trabalhada irá abrir mais espaço para as entidades, tornando-as assim mais conhecidas e consecutivamente mais procuradas para quemdeseja iniciar no esporte. Mas essa divulgação toda não trará só problemas, também nos trará mais apaixonados pelas montanhas e pela natureza, que irão se somar a nós, que irão fazer parte das entidades, que penso serem o pilar central para que isso aconteça de forma organizada, com ética e que seja salubre para toda a comunidade montanhística. A Revista Montanhas tem esse papel também, de fazer parte de tudo isso, de somar. Como todo praticante, somos apaixonados por tudo isso, somos movidos por esse amor e paixão pelas montanhas, pelo vento que sopra nas paredes, por essa incansável busca de estar nas montanhas e, de certa forma, fazer parte delas, pelo encontro e amizades eternas que faze- mos, pelo cuidado que temos em preservar a natureza e causar o menor impacto por onde passamos. É com essa mesma paixão, dedicação, coragem e força de vontade que é natural de todos que praticam esse esporte, que fazemos a nossa Revista. Acreditamos que esse é o caminho: participarmos para evoluirmos. Estamos na via, abrindo caminho, seguindo em frente, e sabemos que, como o montanhismo brasileiro, ainda temos muito para fazer até chegarmos ao cume. Bons ventos, Sempre e um ótimo 2014! Victor Beal Filho editorial Gabriel Jarrin na via Humildade no ar - 10a em Corupá - SC - Foto Roniel Fonseca