REVISTA MONTANHAS Nº 1 SETEMBRO/OUTUBRO 2013
Não são todas as costuras que possuemmosquetão curvo para o lado da corda. Quando o mosquetão não for curvo, como o mostrado ao lado, você terá dois mosquetões retos na sua costura, o que não há nada de errado nisso, mas é muito importante definir qual é o lado que será utilizado para passar na chapeleta e qual é o lado que será utilizado para passar a corda. Use sempre o mesmo mosquetão para clipar à chapeleta ! Não use esse mosquetão para clipar a corda ! Isso é importante pois cada vez que acontece uma queda, o mosquetão que está na chapeleta sofre pequenos danos em sua superfície, em virtude do atrito gerado entre os metais. Esse atrito pode gerar pequenas “lascas”. Se você inverte a posição da costura, e sofre uma queda, a corda irá atritar com estas eventuais “lascas”, causando grandes danos à capa da corda. Quando os mosquetões são do mesmo tipo, por exemplo, com gatilhos “retos”de arame, uma estratégia comum é utilizar um mosquetão polido (ou de uma cor específica) para o lado da “chapeleta”e o outro mosquetão (colorido, por exemplo) para a corda. Isso evita erros na hora de clipar a costura. O que acontece com apenas algumas quedas utilizando um mosquetão levemente danificado por uma chapeleta (FotodaDMM) Veja o vídeo da DMM Climbing que mostra bem como é que isso acontece: http://goo.gl/qnqAM Nem é necessário dizer que os mosquetões (de qualquer tipo) não devem sofrer forças tri-axiais, ou seja, não devem ser tracionados emmais de um sentido (principalmente se o sentido for diferente do longitudinal). Isso acontece na escalada principalmente quando o mosquetão“bate”em uma quina de rocha, quando ele fica apoiado em uma saliência, etc... Para evitar esses cenários, tenha com você costuras de diferentes comprimentos, ou até mesmo carregue com você algumas fitas longas (de 60cm, por exemplo) para poder montar uma costura quando necessário. Posicionamentos incorretos de mosquetões sobre quinas ou saliências. Os trágicos resultados quando sofrem quedas nessa situação. 44 | REVISTA MONTANHAS
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